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Quais variedades de café são cultivadas no Brasil?

Gostaria de saber mais sobre os grãos de café que você bebe? Aqui você conhece a história e a visão dos diferentes tipos que são cultivados no Brasil - e que chegarão até nós no Café Especial Acorda

Hvilke kaffevarianter dyrkes i Brasil?

Há 150 anos, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café. O país possui uma grande e diversificada área territorial com diferentes climas, o que possibilita o cultivo de diferentes variedades de café.

O tipo de grão mais difundido no Brasil é o Arábica, e as regiões mais importantes para a produção de café estão nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Espírito Santo.

O mundo cafeeiro tende a subestimar o perfil de sabor e a qualidade do café brasileiro. Ao longo dos anos, no entanto, o Brasil fez mudanças significativas para mudar essa percepção, inclusive incentivando a produção de cafés especiais, bem como de café orgânico e de comércio justo. E nas últimas décadas, o café especial salvou o desaparecimento de muitas pequenas fazendas de café. As flutuações no mercado cafeeiro internacional afetaram muitos pequenos produtores de café em todo o mundo, mas os pequenos agricultores no Brasil conseguiram sustentar seus negócios produzindo café premium.

Variantes do Brasil

As variedades de café Arábica mais comuns no Brasil são Bourbon, Catuaí, Icatú Acaiá e Mundo Novo, sendo esta última a mais popular. Entre os tipos de feijão há subvariedades, como bourbon amarelo e vermelho, Catuaí amarelo e vermelho, diferentes tipos de Mundo Novo e outros. O Catuaí é 100% brasileiro e você pode encontrá-lo em todas as regiões cafeeiras porque cresce bem em diferentes áreas agrícolas e climas.

Pesquisa e desenvolvimento

No Brasil, muitas universidades e institutos nacionais trabalham em pesquisa e desenvolvimento de café. A fim de melhorar a qualidade, os rendimentos e a resistência às doenças e às alterações climáticas, agrónomos, biólogos e outros investigadores estudam quais as variedades de café que são melhores para plantar nas diversas regiões cafeeiras - muitas vezes através da criação de híbridos ou através de mutações naturais.

Variantes em Acorda

Arará

O café Arara é um cruzamento natural entre Obatã e Catuai amarelo. Foi descoberto em 1988 no estado do Paraná, no Brasil. As árvores são produtivas e resistentes tanto à seca como à ferrugem, o que torna a variedade atractiva do ponto de vista agronómico. Arara também ganhou atenção por se sair muito bem em competições internacionais de qualidade. As pontuações na escala de classificação, que se estendem até meados dos anos 90, além dos benefícios agronómicos, significam que cada vez mais explorações agrícolas estão a plantar esta variedade.

Acorda Spesialkaffe tem amostras de 50g de Arara disponíveis (NOK 50). Envie-nos uma solicitação se quiser testar esta variante.

Bourbon Vermelho

A primeira semente de bourbon chegou ao Brasil em 1859. O governo tinha ouvido falar que a variedade de café cultivada na ilha da Reunião - então chamada de Bourbon - era mais produtiva e de qualidade superior à variedade Typica cultivada no Brasil. Por isso, um emissário foi até a ilha do Oceano Índico e trouxe sementes para o Brasil. Na década de 1870, o Rød Bourbon tornou-se uma variedade de café proeminente no país. Hoje, onde também temos a variante Yellow Bourbon, o bourbon original chama-se Red Bourbon.

Na década de 1930, diversas linhagens de Bourbon Vermelho foram criadas no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no estado de São Paulo, e distribuídas aos agricultores. O objetivo foi estudar o desempenho de uma seleção de variedades de Red Bourbon plantadas em diferentes regiões com diferentes condições de cultivo.

Isso ajudou os pesquisadores a compreender o efeito das variações ambientais nas variedades de café.

Bourbon Amarelo

Em 1871, algo estranho apareceu na cidade de Botucatu, no estado de São Paulo: uma mutação da planta Typica deu frutos amarelos, algo nunca antes visto no Brasil. Foi adotado por vários agricultores por causa da cor estranha da fruta.

Alguns pesquisadores acreditam que o bourbon amarelo se originou como uma mutação natural do bourbon vermelho.

Carlos Arnaldo Krug foi o primeiro a estudar árvores Bourbon com frutos amarelos como variedade separada em 1930. O rendimento médio do Bourbon Amarelo é 32-45% maior que o Bourbon Vermelho, mas menor que outras variedades como Catuai e Mundo Novo. A altura média das árvores é superior a dois metros. Devido aos rendimentos baixos/médios e à sensibilidade à ferrugem do café, o cultivo do Bourbon Amarelo requer mais atenção e cuidado do que outras variedades. O Bourbon Amarelo tem maior rendimento e melhor qualidade quando é cultivado a 1000 metros ou mais acima do nível do mar e em locais onde os processos de colheita e pós-colheita são bem executados.

Catuaí Vermelho

A palavra Catuai, na língua Tupi-Guarani, significa “muito bom”. O Catuai Vermelho é originário do cruzamento entre as variedades Caturra Amarela e Mundo Novo. Foram selecionadas árvores que produziam frutos vermelhos, e os descendentes dessas plantas eram vigorosos e altamente produtivos, levando à designação de Catuai Vermelho. A cultivar foi lançada comercialmente em 1972 e se difundiu no Brasil e na América Central.

O Catuaí Vermelho é conhecido por ter sabores e características sensoriais diferentes dependendo de onde é cultivado e como é torrado. Red Catuai é um café de corpo suave a médio, com final redondo e doce. Pode apresentar notas de sabor de chocolate, caramelo, açúcar caramelizado, mel, amêndoas e especiarias como noz moscada e erva doce. Na Acorda, ele é queimado intensamente para realçar suas melhores qualidades.

Catuaí Amarelo

Gul Catuai foi desenvolvido em 1949 através do cruzamento de Gul Caturra com Mundo Novo no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) no Brasil. O Catuaí Amarelo tem uma colheita rica. A variedade é muito popular no Brasil e está disponível no mercado há quatro décadas, tornando-se também uma preferida internacionalmente. Gul Catuai é um café de corpo médio, com notas de chocolate, caramelo, com final suave, doce e levemente seco. Este grão é colhido antes de o fruto do café estar totalmente maduro (ainda amarelo antes de amadurecer para vermelho), o que lhe confere tons mais secos, nítidos e claros.

Catucai vermelho e amarelo

Catucai foi desenvolvido como um cruzamento entre Icatu e Catuai. A primeira seleção foi feita em 1988 por pesquisadores do então Instituto Brasileiro do Café (IBC). Estas foram plantadas e testadas em diversas regiões para selecionar plantas que tivessem alta produtividade, fossem robustas e resistentes à ferrugem do café e outras pragas. Esse programa de melhoramento deu origem a cultivares de frutas amarelas e vermelhas que foram chamadas de Catucaí, combinação das palavras Icatu e Catuaí. Catucaí é um café equilibrado e saboroso, o que o torna um favorito entre os amantes do café.

A Acorda Café Especial tem disponíveis amostras de 50g de Catucaí (NOK 50). Envie-nos uma solicitação se quiser testar esta variante.

Caturra vermelha e amarela

A planta Caturra é de pequena estatura, como o próprio nome descreve; Caturra significa pequeno em guarani. As bagas amarelas da Caturra podem ser uma mutação da Caturra vermelha original. Foi encontrado pela primeira vez na Serra do Caparaó, serra que divide os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Em 1937, sementes de árvores com frutos vermelhos e amarelos foram introduzidas no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), onde foi feita uma seleção das melhores plantas. Caturra foi a primeira mutação descoberta que possui árvore compacta e alta produtividade. Os cafeicultores se interessaram pela Caturra pelo seu tamanho, pois as plantas podem ser colocadas mais próximas umas das outras e os galhos densos permitem produzir mais frutos no mesmo local.

Mundo Novo

Uma das melhores e mais icônicas variedades de café brasileiro, Mundo Novo, veio de um cruzamento natural entre as variedades Sumatra e Red Bourbon. A oração Mundo Novo leva o nome do antigo município de Mundo Novo em São Paulo, hoje chamado Urupes. As sementes dessa variedade foram plantadas naquele município e distribuídas às fazendas no início de 1952. Esse grão de café de baixa acidez apresenta alta resistência a doenças e sabor rico e de tom adocicado. Também é adequado para café expresso.

Maragogipe

Maragogipe também são conhecidos como “grãos de café elefante” devido ao seu tamanho. Este é o maior grão de café do mundo. Acredita-se que este café seja uma mutação espontânea do café Typica que ocorreu em Maragogipe, Bahia no Brasil. Este é um grão de café de tamanho muito grande em comparação com outros grãos de Arábica.

O sabor varia dependendo do solo em que cresce. Em solos pobres, produzirá um café com pouco sabor. Em condições férteis, porém, desenvolve um sabor mais rico, geralmente com notas doces de frutas e mel.

Maragogipe é uma raridade no mundo cafeeiro e por isso muito valorizada pelos amantes do café.

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